Pelo menos duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas em um ataque a tiros na Universidade do Estado da Flórida (FSU) nesta quinta-feira (17). Segundo a polícia, os dois mortos não eram estudantes da universidade.
O suspeito foi detido e levado ao hospital, de acordo com o chefe da polícia universitária, Jason Trumbower. O homem, de 20 anos, começou os disparos no campus principal por volta das 11h50 no horário local. A polícia universitária respondeu imediatamente, neutralizando e prendendo o atirador, disse ele.
A polícia afirmou que o suspeito era aluno da universidade. O suposto atirador teria tido acesso a armas porque sua mãe trabalha para o Gabinete do Xerife do Condado de Leon, disse o xerife Walter McNeil.
“Infelizmente, o filho dela teve acesso a uma de suas armas e essa foi uma das armas encontradas no local”, disse McNeil. “Continuamos a investigação sobre como essa arma foi usada e a que outras armas ele talvez tenha tido acesso.”
“Situação muito assustadora”
Uma estudante da Florida State University que estava no campus no momento da ocorrência descreve uma “situação muito assustadora”.
Emily Palmer, 21, disse que estava na área do sindicato estudantil da FSU recebeu um alerta no campus. Um alerta do estado da Flórida dizia: “Existe uma situação perigosa ou com risco de morte no campus da FSU”
Palmer disse que está preocupada com o que pode ter acontecido com pessoas que ela conhece.
“Estou preocupada com meus amigos. Tenho amigos na sala de aula que estão sendo retirados pela polícia com as mãos para cima”, disse ela.
Palmer disse que os estudantes foram informados de que houve pessoas feridas no ataque, mas não sabiam dos detalhes
“Estou tremendo”, disse. “Há muita coisa acontecendo”, disse ela à CNN.
Outro alerta da FSU dizia: “A polícia respondeu a um chamado de um atirador ativo na União Estudantil. Fique alerta para mais informações”.
O FBI confirma à CNN que respondeu à cena, além das autoridades locais.
“Começamos a pirar”
O estudante da Universidade Estadual da Flórida, Raul Pedraza, acordou com as sirenes da polícia alertando sobre uma emergência com risco de vida.
“Então começamos a pirar nos quartos aqui e recebemos uma mensagem informando que havia um atirador ativo”, disse Pedraza à CNN enquanto estava trancado em seu dormitório.
Foi então que Pedraza começou a entrar em pânico e sentiu uma sensação de estômago embrulhado, disse ele.
“Foi um abalo… um evento realmente assustador”, disse ele.
Outro aluno, Will Schatz, estava na biblioteca quando de repente todos começaram a correr. Só quando saiu é que ouviu os tiros, disse ele. “Foi realmente mais choque do que poder pensar em qualquer coisa”, disse ele à CNN.
“Estamos trancados em um prédio”
Um funcionário do campus da Universidade do Estado da Flórida disse que estava abrigado com mais de 40 pessoas no campus.
Richard Rind, diretor de transporte e estacionamento da universidade, disse à CNN que havia muitos veículos de emergência no campus.
“Muitos veículos de emergência no local, mas não conseguimos ver muita coisa, pois estamos trancados em um prédio do outro lado da rua”.
Ele acrescentou que ouviu muitos tiros e viu muitas pessoas correndo.
Rind está abrigado no térreo de um estacionamento próximo ao sindicato estudantil do campus. “Temos cerca de 40-50 funcionários e estudantes aqui”, disse ele.
O presidente Donald Trump lamentou o ataque durante coletiva de imprensa na Casa Branca. Trump disse que” é horrível que coisas assim ainda aconteçam”, e afirmou que voltará a falar sobre o caso ainda nesta quinta-feira.
O governador Ron DeSantis estendeu seus pensamentos à universidade em uma postagem no X, escrevendo: “Nossas orações estão com nossa família FSU e as autoridades estaduais estão respondendo ativamente”.
O procurador-geral da Flórida, James Uthmeier, postou de forma semelhante que seu escritório estava respondendo ao campus da FSU.
