Casa Brasil POPULARIDADE QUE INCOMODAM.

Seletividade, presunção de inocência e o espetáculo do julgamento antecipado

No cenário do Estado Democrático de Direito, a presunção de inocência deveria ser regra, mas na prática, virou exceção — especialmente quando a opinião pública assume o papel de tribunal antes mesmo de qualquer investigação se concluir.

Eduardo Siqueira Campos, prefeito de Palmas e nome em destaque no Tocantins, é o centro desse dilema: alvo de uma investigação que, dada a seletividade evidente, levanta mais perguntas do que respostas.

Por que ele e por que agora, num ano pré-eleitoral, quando sua popularidade e peso político incomodam?

Enquanto o princípio básico de que todos são inocentes até prova em contrário deveria prevalecer, o julgamento antecipado pela imprensa e redes sociais já dá seu veredito, e com direito a palmas ou vaias.

Esse circo midiático, longe de fortalecer a democracia, expõe suas fraquezas e torna cada suspeita um espetáculo que, às vezes, parece mais uma trama montada do que uma busca pela verdade. Eduardo pode até não ser candidato, mas certamente é personagem principal dessa novela política, onde o Estado de Direito e a justiça passam a figurar como meros coadjuvantes.

— Valcy Ribeiro
Advogado – Palmas/TO

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